Quantas vezes você não achou que ia ser diferente? Que, sei lá, dessa vez iria dar certo, que dessa vez o frio na barriga não seria em vão e que seus domingos à tarde seriam menos entediantes? Quantas vezes você achou que o inverno seria mais aconchegante e que o adeus não chegaria nunca?
Nunca estamos livres de trombar com alguém especial e isso acontece em várias fases e momentos da nossa vida, mas nem sempre esse alguém especial vem para ficar, nem sempre o sentimento brotado consegue crescer e então vem a difícil e complicada tarefa de fazer morrer aquilo que insiste em florescer.
E então vem a tarefa árdua de controlar os nossos impulsos, de deixar o celular de lado, de chorar em silêncio para ninguém ver, de parecer bem quando, na verdade, nada está bem. Vem a difícil tarefa de tentar esquecer os nossos “porquês”.
E, depois de se recompor, de um jeito desajeitado e confuso, você é surpreendido novamente por algo novo, forte o suficiente para abalar com toda a sua rigidez.
E então você hesita em recomeçar, dá passos lentos, mas resolve ir. Tudo para estar maravilhosamente bem, quando algo dá errado, e, nesse momento, parece que tudo volta à tona e você revive as mesmas marcas e cria novas feridas.
E, sempre que algo de bom aparece, você está com os olhos tampados pela dor. Priva-se de viver algo novo por medo de se machucar e porque já não acredita mais que será diferente.
Mas Deus é especialista em fazer tudo novo. Não tenha medo de ser você. Não tenha medo do novo de Deus para a sua vida. Peça a Deus que te molde e te transforme na pessoa que Ele deseja que você seja. Pare de se comparar. Você é único(a).
Thamilly Rozendo. @thamillyyrozendo
Foto: Liz Fitch