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A comparação mata até as histórias de amor.

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Deveríamos morrer — morrer para a importância que damos ao criticismo, para a necessidade de aceitação, para o nosso orgulho, mas não podemos só morrer, precisamos aprender a viver.

 

 Muitos acreditam que o segredo da liber­dade está em viver para si mesmo, o que é uma grande ilu­são. Talvez você passe uma vida se empenhando para fazer tudo o que quer e ainda se sinta vazio ao final do dia.

 

Nós tínhamos uma dívida de alma, da qual não poderíamos nos libertar; éramos devedores que não tinham o suficien­te.

 

Por isso, o homem se tornou centrado em si mesmo, sempre buscando agradar com segundas intenções. Con­tudo, essa dívida foi quitada pela entrega de Cristo.

 

A obra da cruz nos libertou de nossa insuficiência, então, como poderíamos viver agora que somos livres?

 

É interessante como culpamos a pressão social e os pa­drões pelo nosso aprisionamento, mas não seriam nossos próprios pensamentos os culpados?

 

Se vemos alguém que chegou ao topo, ao nosso topo, ao lugar em que gostaríamos de estar, então questionamos o nosso valor.

 

 Ao fazermos isso, ficamos limitados, desprotegidos. Por quê? Porque ver alguém recebendo a atenção que gostaríamos mexe pro­fundamente conosco, ao ponto de, secretamente, pensar­mos que, talvez, deveríamos ser mais como aquela pessoa.

 

Não de uma maneira saudável, como quando olhamos para quem nos desafia e nos inspira a sermos melhores, mas de uma maneira corrosiva, que fere nossa identidade e que nos diz que não somos suficientes. Comparação mata.

 

Eu digo que, secretamente, desejamos ser como aquela pessoa porque o que normalmente fazemos é criticar os que estão em destaque.

 

Talvez você tenha razão em suas críticas, talvez não, mas a pergunta que precisamos nos fazer é: “Por que estamos fazendo isso mesmo?”.

 

A profundidade começa ao se perguntar o porquê e ao ficar em silêncio, esperando respostas sobre nós mesmos, como quem reconhece que não sabe tudo: mas Deus sabe.

 

SENHOR, tu me sondaste, e me conheces. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces. (Salmos 139:1–4)

 

Texto retirado do livro: Coragem Apresente-se à vida – Allexandra Monteiro.

 

 

 

 

 

 

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